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“Tsunami” de insolvências – necessidade de transposição da Diretiva (UE) 2019/1023 / Webinário: Ganhar Tempo com Inteligência Emocional / Eleição indireta dos Presidentes da CCDRs/ Programa de Estabilização Económica e Social

1 – O tecido empresarial local deve preparar-se para um “tsunami” de insolvências, sendo de destacar a necessidade de transposição da Diretiva (UE) 2019/1023, para se mitigar esse efeito:

O Programa de Estabilização Económica e Social publicado no passado sábado, na sua parte final, contém três medidas relativas aos Processos de Insolvência e Recuperação de Empresas, importantes para o tecido empresarial local e regional, aguardando-se agora, a transposição para o Direito Nacional da Diretiva (UE) 2019/1023 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de junho de 2019.

De facto, a legislação nacional em vigor não foi concebida para lidar com a crise pandémica que estamos a vivenciar com efeitos económicos arrasadores, afetando todos os setores ao mesmo tempo e de forma transversal, pelo que se avizinham novas alterações/revisões legislativas nesta área num curto espaço de tempo, sendo de destacar a transposição da referida Diretiva publicada o ano passado, tendo os Estados-Membros de adotar até 17 de julho de 2021, a grande maioria das suas disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para lhe dar o respetivo cumprimento.

Esta crise pandémica surge num momento em que o país atravessava uma fase de crescimento económico que nos estava a – deixar “respirar” –, isto apesar dos problemas relacionados com a baixa produtividade e o elevado grau endividamento do Estado, empresas e consumidores, “herança esta” que pode comprometer uma rápida recuperação da riqueza “perdida”, dado o pouco fôlego existente para suportar uma quebra tão abrupta nos fluxos de caixa das empresas de vários setores.

Apesar das medidas compensatórias adotadas, será expectável que a breve trecho se venha a assistir a um “tsunami” de insolvências, em razão da interconexão entre empresas, sistema financeiro e a economia real, que dificilmente aguentará esta “interrupção tão abrupta” em muitas empresas de vários setores, cujos efeitos se farão sentir em maior escala no primeiro trimestre de 2021.

As medidas legislativas adotadas podem ajudar a “achatar a curva” e a salvaguardar a sobrevivência das empresas sediadas nos Municípios, mas o elevadíssimo número de processos que vão dar entrada nos tribunais e a falta dos mecanismos previstos na Diretiva (UE) 2019/1023, muito dificilmente permitirão uma rápida restruturação do tecido empresarial local e regional afetado por esta pandemia.

Se, de forma célere, se possibilitar a um empreendedor afetado pela pandemia, manter a sua participação no negócio, a economia local não perde mais um empresário, pois ao contrário das grandes empresas, o empreendedor (pequeno empresário) é a figura central das empresas sediadas na quase maioria das nossas autarquias, sendo evidente um verdadeiro interesse público em preservar e manter ativas estas pequenas e micro empresas, bem como os empresários em nome individual e os postos de trabalho.

Aguarda-se assim, a transposição da Diretiva (UE) 2019/1023, a qual pode permitir a agilização e o recurso a novos mecanismos de reorganização das empresas que estavam a ser bem administradas e solventes, mas que foram “contagiadas” por esta crise pandémica, e por essa razão são merecedoras de uma “segunda oportunidade” para continuarem a prosseguir o desenvolvimento dos tecidos empresariais locais e regionais.

 

2 – Webinário: Ganhar Tempo com Inteligência Emocional:

Os tempos atuais exigem de todos um nível de eficiência muito exigente. As agendas são enormes e as listas de tarefas nunca terminam. Como conseguir ganhar tempo, construindo relações eficazes? É isso que lhe vamos propor no Webinário “Ganhar Tempo com Inteligência Emocional”.

Este Webinar será lecionado pelo Dr. António Teixeira, vai decorrer no dia 23 de junho às 15h. A participação é gratuita, mas de inscrição obrigatória no email comunicacao@oal.pt

Conteúdos programáticos:

1. Autoconsciência e Gestão do Tempo

– Onde, como e quando?
– As limitações auto impostas
– As dependências
– A justiça comutativa nas relações
– O impacto na gestão do tempo
– Balanço: Com as decisões de hoje ganho o tempo de amanhã

2. Autocontrolo e Gestão do Tempo

– A imposição das ideias
– Emoções negativas ou positivas como base da relação?
– O que entregamos ao outro
– O investimento no conflito
– Impacto da gestão emocional no foco

3. Auto motivação e gestão do Tempo

– Como me motivo habitualmente?
– Quanto tempo espero pelo estado emocional perfeito?
– Quanto tempo invisto até iniciar a produção?
– O cérebro como motor
– Criar objetivos de auto evolução
– O impacto da Auto motivação na elevada produtividade

4. Empatia e gestão do tempo

– Tolerância ou aceitação?
– As contas à vida
– Crítica negativa
– Comparação
– Escuta ativa e a rapidez a solução
– Empatia e auto estima

5. Relações interpessoais eficazes

– Que meios coloco na relação?
– O grau de exigência aos outros
– Que conflitos promovo
– Tempo investido na recuperação da relação
– Que estilo de comunicação utilizo habitualmente
– A ansiedade e grau de exigência da inteligência alheia

 

3 – Eleição indireta dos Presidentes das Comissões de Desenvolvimento Regional (CCDRs):

No último Conselho de Ministros foi aprovado o Decreto-Lei que altera a orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, que consagra a eleição indireta dos respetivos presidentes por um colégio eleitoral composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais e pelos presidentes e membros das assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia) da respetiva área territorial. A eleição será fixada para o mês de setembro.

Para se perceber e conhecer “mais a fundo” o enquadramento desta eleição são de leitura obrigatória dois excelentes artigos do Dr. Luís Filipe Almeida publicados em duas Comunicações do Observatório, que podem ser lidos AQUI e AQUI.

 

4 – Programa de Estabilização Económica e Social:

Foi publicada no dia 6 de junho a Resolução do Conselho de Ministros n.º 41/2020, que aprova o Programa de Estabilização Económica e Social, com um horizonte temporal até ao fim de 2020, que assenta em quatro eixos:

1 – Temas de cariz social e apoios ao rendimento das pessoas, sobretudo aquelas que foram mais afetadas pelas consequências económicas da pandemia;

2 – Eixo relacionado com a manutenção do emprego e a retoma progressiva da atividade económica;

3 – Apoio às empresas;

4 – Eixo de matriz institucional.

A nossa primeira análise consta do ponto 1 da presente Comunicação, e nas próximas semanas iremos abordar em detalhe algumas das principais medidas previstas.

Também, como sempre fazemos, vamos apresentar as nossas propostas e remetê-las aos decisores, agradecendo de antemão o cuidado e a amabilidade com quem sempre nos respondem e acolhem muitas das nossas sugestões, o que vem confirmar que no âmbito das decisões técnicas, estas desde que devidamente estruturadas e baseadas numa “análise de campo fidedigna”, acabam por ser bem acolhidas.

 

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